Durante a gestação, você vai ter muitas questões práticas para resolver, da decoração do quarto até o que comer nos primeiros dias com o bebê em casa. Quanto melhor for sua organização, mais fácil lidar com tantas novidades no pós-parto
"Eu só vou ser mãe quando estiver preparada.” Você já deve ter ouvido isso, ou até dito algo bem parecido, mas está aí uma coisa na vida para a qual não existe uma maneira de se preparar inteiramente. A chegada de um filho é sempre acompanhada de um tsunami emocional, um verdadeiro redemoinho de sensações. Dá um frio na barriga (ocupadíssima, por sinal) danado! Ninguém nasce sabendo ser mãe, mas há uma lista de providências (bem grande) que pode e deve ser tomada para que você, de alguma forma, vá sentindo a ficha cair lentamente – e facilite a sua vida no pós-parto.
De fato, enquanto o bebê está confortavelmente instalado aí dentro, é difícil prever como tudo vai ficar. Mas, quando você começa a preparar o quartinho dele, o enxoval, decide quem vai auxiliar você nos primeiros dias, como é que vocês vão pagar as novas contas... a vida real bate à sua porta e é preciso estar tinindo. Aqui, você vai encontrar um bom guia para ajudá-la a lembrar de cada um desses detalhes para que sua “adaptação” possa ser repleta de aconchego, atenção e carinho. Seu filho merece!
Vocês e
mais um
Para quem
ganha o primeiro filho, tudo muda. Os primeiros meses com uma criança
em casa prometem ser cheios de novidades.
Quando o
bebê nascer, por algum período, é inevitável que você dê muita atenção ao seu
filho... e há maridos que chegam a ficar enciumados. “Todo o resto deixa de ser
prioridade, é natural. Se o pai estiver presente, participar e dividir as
tarefas, vai ver que essa fase logo passa”, afirma Lidia Aratangy, terapeuta
familiar, autora de diversos livros, entre eles Novos Desafios da
Convivência: Desatando os Nós da Trama Familiar (Ed. Rideel). É
importante que ele esteja ao seu lado nesse começo. Infelizmente, por lei, o
homem contratado tem direito a apenas cinco dias de
licença-paternidade, a contar da data do parto, mas ele pode combinar de
emendar as férias.
Quanto
maior for a cumplicidade, melhor vocês vão lidar com essa fase. “Os
três primeiros meses são decididamente os mais difíceis”, afirma Ana Karina
Frota de Menezes, 31 anos, especialista em comércio exterior, mãe de Lucas, 3.
Mudanças dentro
e fora de casa
O
primeiro lugar que você vai ter de pensar é no quarto dele – uma das partes
mais divertidas da gravidez, sem dúvida.
Fica a dica: as lojas têm
um prazo de entrega que varia entre 45 e 60 dias corridos. Por isso,
o ideal é decidir o mobiliário quando estiver por volta do quinto mês. Para
gestações que incluem épocas como o final do ano e o Carnaval, vale refazer a
conta para que o prazo de entrega não seja motivo de ansiedade. Mas, atenção:
seu filho não vai usufruir do novo quarto assim que sair da maternidade, ao
menos não à noite. A Academia Americana de Pediatria revisou recentemente as
recomendações sobre o melhor jeito de o bebê dormir e, seguindo as orientações
da Organização Mundial de Saúde (OMS), passou a recomendar que a criança durma
no quarto dos pais (não na mesma cama) nos primeiros seis meses, porque,
diante de qualquer problema, o adulto pode intervir rapidamente. Antes
mesmo de o bebê chegar, outros cômodos vão ganhar novos acessórios. Uma
banheira vai ter que caber no seu banheiro. Deve estar na altura da sua cintura
(para não forçar a coluna), vir com mangueira (mais fácil para esvaziar), com
cesto (para acomodar itens de higiene e até mesmo brinquedos), espaço para
pendurar a toalha e encosto antiderrapante. A sua sala, provavelmente, vai
ganhar um carrinho na decoração. Pense onde ele vai ficar – os modelos
guarda-chuva, que ocupam menos espaço, são uma boa opção. Muitas famílias,
pensando nos riscos que o bebê pode correr quando começar a
engatinhar, por exemplo, preferem já providenciar itens como plugs para cobrir
as tomadas, redes de segurança para as janelas, protetores de quina e grades
para escadas. Outro item de segurança importantíssimo é a cadeirinha do carro,
que deve ser comprada antes de ele nascer e ter o selo do Inmetro. Se seu bebê
sair do hospital e for no colo no seu carro ou em qualquer outro
veículo (exceto táxis, vans e ônibus), o motorista pode ser multado em R$
191,54 e levar sete pontos na carteira de habilitação – o uso desse dispositivo
de segurança é obrigatório de 0 a 7 anos e meio. O produto deve ser
instalado no meio do banco traseiro, de costas para o painel. Compre em um
lugar que, de preferência, faça ou ensine a instalação. “Não colocamos a
cadeirinha antes (no carro) para ver como funcionava. Só no dia, quando eu saí
da maternidade, na cadeira de rodas, que meu marido começou a tentar pôr a
cadeirinha. E coloca de um lado, coloca de outro. Olha, foi outro parto”, afirma
Ana Dell’Aquila, 32 anos, gerente de vendas, mãe do Lorenzo, 4.
Fonte: Revista Crescer
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